"Nenhuma sociedade pode ser seguramente florescente e feliz se a maior parte de seus elementos for composta de pobres e miseráveis" Adam Smith

sábado, 29 de janeiro de 2011

"Vale Tudo" na vida real?

Interessante perceber como as novelas têm se voltado para as ditas "questões sociais" nos úlitmos tempos. Sim, o que está sendo dito aqui é o óbvio, mas não deixa de ser pertinente observar que a teledramaturgia foi um meio encontrado para as redes de tv cumprirem seu "papel social'.
A abordagem de questões políticas e morais vem (minha memória é dos anos 80), desde "Vale Tudo" e continuou pelas duas décadas seguintes.
Personagens dados a práticas socialmente condenáveis ganham punição ao final (nem sempre, é fato, pois um toque de realidade é fundamental), e os bonzinhos vivem felizes para sempre.
Sim, mas o que isso tem a ver com desenvolvimento?
Desde que uma das linhas de pesquisa deste grupo é Ética, valores morais e desenvolvimento, tudo. Fato óbvio é que as insituições carregam valores das pessoas que as formam e constroem, portanto, empresas privadas e serviços públicos refletem o posicionamento de seus agentes. E nas novelas isso também acontece.
Também se vê o "jeitinho brasileiro" resolvendo tudo. O "você sabe com quem está falando?" está lá e resolve coisas. Exatamente como na vida real. Só que a diferença é que nas novelas o jeitinho e a "carteirada" muitas vezes são bem vistos pelo público ou pelo menos pela falsa realidade transmitida pelos outros personagens.
Desenvolvimento passa também por formação ética e moral, e infelizmente a sociedade tem recebido valores a partir do que vê na TV. Se o público vê um personagem resolver um problema usando sua influência/amizade, ou exaltando o jeitinho brasileiro, então vale a pena agir assim, pois ele vai ser feliz no final.
Pois é, mas na vida real, seremos? Ou a continuidade de hábitos como estes apenas perpetuará nossa desvalorização das regras e da honestidade?

Um comentário:

  1. Não há como dissociar a necessária e contínua metamorfose do processo de alcance do desenvolvimento do ânimo individual daqueles sujeitos ao Estado.
    A conduta incentivada no (in)consciente coletivo, em especial pelos veículos de massa, influi não somente nos anseios particulares, mas na lucidez coletiva, permitindo uma atuação displicente do Poder Público.
    Afinal, quem são os administradores públicos senão o próprio povo?

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